segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Adiamento de leilão do TAV deve atrair novos consórcios

29/11/2010 - DCI
A forte pressão dos consórcios, construtoras e até do Ministério Público Federal obrigou a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) a adiar em cinco meses o leilão para a construção do trem de alta velocidade (TAV) previsto, inicialmente, para acontecer hoje, dia 29.
Agora, a entrega das propostas para a construção de uma das maiores obras do País está marcada para o dia 11 de abril. Dezoito dias depois está prevista a realização do leilão na sede da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), na capital paulista.
O único critério de julgamento do leilão será a oferta do menor valor da tarifa-teto para o serviço, cujo limite máximo de preço colocado pelo governo é de R$ 0,49 por quilômetro. Para o professor Luiz Antonio Silveira Lopes, do Instituto Militar de Engenharia (IME), a ampliação do prazo era necessária, pois é preciso detalhar alguns pontos do edital, como o que se refere ao traçado e a parte financeira para que não corra o risco de perdemos concorrentes, avalia.
O adiamento também foi bem recebido pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate. É importante que o Banco Nacional do Desenvolvimento [BNDES] - que anunciou que financiaria o projeto em até R$ 20 bilhões - defina as condições do financiamento, mitigando o risco da demanda, afirma. De acordo com o especialista, a ampliação do prazo não só deve resultar em propostas mais qualificadas, como também deve refletir em um movimento mais forte por parte dos fundos de pensão, que deverão se mostrar mais interessados, acertando recursos e diminuindo, assim, os riscos dos investidores, explica Abate.
Mais informações em Revista Ferroviária

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