Aproveitar energia solar em uma residência dá trabalho. É preciso instalar as pesadas e rígidas placas coletoras no local de melhor exposição na casa, já que há uma superfície limitada de contato com o sol. Mas e se todo o seu lar pudesse coletar energia solar? As janelas, as cortinas, as paredes, tudo? Pois isso agora é uma realidade possível, graças a uma nova descoberta: células solares que se adaptam a qualquer superfície.
O criador desta ideia foi o cientista americano Miles Barr, que recebeu pelo invento um prêmio de 30 mil dólares do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT, na sigla em inglês). Mas se você está imaginando algo como um adesivo ou uma camada plástica, a tecnologia utilizada é mais surpreendente ainda: deposição de vapor químico.
Parece ficção científica, mas um protótipo real já está sendo desenvolvido: de maneira geral, células solares orgânicas são combinadas a outros reagentes que formam um vapor químico. Ao aderir a uma superfície, este vapor sofre uma reação que o transforma em uma fina camada de polímero, já sólida.
Esta camada possui, automaticamente, as mesmas propriedades de coleta de energia solar de uma placa comum, quando ligada a um ponto de eletricidade. A eficiência da coleta, conforme explicam os cientistas, ainda é menor (10% de eficiência contra algo entre 15% e 20%), mas esta diferença é mais do que compensada devido ao menor custo de instalação do sistema.
Esta camada de polímero é transparente e pode ser instalada inclusive no vidro, o que tira qualquer restrição sobre o tipo de superfície apta a receber as células. O princípio da novidade, conforme contam os pesquisadores, é justamente facilitar a instalação de coleta da energia solar nas casas.
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